II EITA PIQUENA ARTEIRA

O Grupo Afrodites, pelo segundo ano, impõe-se uma meta: rememorar o dia Internacional da Mulher. Em 2010 o Grupo fez uma festa no Laborarte chamada EITA PIQUENA ARTEIRA que contou com várias apresentações artísticas. Esse ano nós resolvemos caminhar na mesma direção: dia 19 de março, a partir das 19h, no Laborarte, vai acontecer o EITA PIQUENA ARTEIRA II, uma festa-movimento, cujo principal objetivo é reavivar o dia Internacional da Mulher e homenagear as mulheres. 

A importância da lembrança deste dia é bastante imperativa na atual configuração dos papéis de cada um na sociedade. Sabe-se que a história do feminino é marcada pelas conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, mas também pela discriminação e a violência a que muitas delas ainda são submetidas em todo o mundo. 

As mulheres, através dos tempos, vêm assumindo um caráter de agentes transformadoras na história da humanidade. Esse dia é lembrado em várias partes do mundo com dias inteiros dedicados para discussões, debates sobre o tema, etc.

Pensando em todo esse caráter reflexivo que o dia nos traz, o Grupo Afrodites (Afrôs), cujo trabalho, no caso a música, está repleto de marcas do universo feminino, sentiu a necessidade de movimentar a cidade durante esse dia tão importante. E a forma ideal encontrada para expressar essa homenagem foi trazer ao grande público algumas efígies das várias expressões artísticas presentes na nossa cidade.  

Portanto, o evento, através de seu caráter de coletividade, convidou várias artistas a participarem levando sua obra para a festa-movimento. A ideia é que, através da interação do público com as obras, sejam elas performáticas, audiovisuais ou musicais, reflita-se sobre o significado do universo feminino para a dinâmica da nossa sociedade.

O II Eita Piquena Arteira terá a honra de receber este ano os shows de AFRÔS (Afrodites), caixeiras do Divino Espírito Santo, Rosa Reis, Didã, Tássia Campos, Bambaê de Saia, Dj’s As Infernandas. Os shows serão intercalados com as performances de dança de Calliandra Ramos, Delcianny Garcês e Inara Rodrigues e a performance teatral da atriz, cantora e compositora do grupo AFRODITES, Cris Campos. Em outras salas acontecerão exposições da artista plástica Babula, dos fotógrafos Paulinha Alcoforado e Marcos Gatinho e a exposição de moda da designer Tamara Marques. Também será exibido o vídeo documentário “Rainhas de Raiz” de Rebeca Alexandre (musicista do grupo AFRODITES), um filme produzido especialmente para o Eita Piquena Arteira de 2011.

Contamos com a presença de todos que vêm nos acompanhando e também dos que curtem boa música, dança, teatro, cinema, poesia e muita diversão.

"Todo carnaval tem seu fim."

Por Carolina Libério

O Grupo Afrodites, para além de uma banda de mulheres fazendo músicas, misturando ritmos, sons e estilos, tem se configurado como um verdadeiro coletivo.

A banda está sempre articulando outras atividades artísticas, sejam elas com outros grupos musicais, teatro, dança, cinema, na frente ou atrás das câmeras. 

Neste carnaval, o grupo deu início a uma parceria que rendeu, e continuará rendendo bons frutos, com a Escola de Samba Flor do Samba. Desenvolvemos por lá uma pesquisa que abarcou vários assuntos que vão da origem do carnaval como ele é hoje em São Luís, a história da própria escola, o carnaval nos dias atuais e as dificuldades que existem quando o assunto é colocar uma Escola na avenida. Esses tópicos vieram à tona durante ótimas, e esclarecedoras, conversas com o carnavalesco conhecido como Dominguinhos. 

Essa pesquisa acabou gerando frutos melhores e, a convite da Escola, saímos do campo teórico e nos embrenhamos em meio à enriquecedora experiência da prática: algumas Afrodites saíram na escola, na bateria, cantando ou em alas. 

Neste momento, estamos envolvidas na produção do II Eita Piquena Arteira, evento em comemoração ao dia internacional das Mulheres, onde buscamos fazer a fusão de várias manifestações artísticas: músicas, performances, exposições, exibição de vídeos, com muita alegria e descontração, tal como é o estilo do grupo.

Estamos em pique total, há menos de uma semana do evento, articulando, trabalhando, se mexendo, enfim, produzindo o II Eita Piquena Arteira. 

Por isso, após a realização do evento, dedicaremos alguns longos e interessantes posts que trarão à luz do conhecimento de vocês boa parte do que coletamos e reunimos em vídeos e textos, escritos por nós, sobre a vivência junto à comunidade da Flor do Samba. Fiquem ligados! 

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No último domingo, dia 13 de março, tivemos o prazer de um novo ensaio fotográfico junto a fotógrafa Carolina Libério. Foi um sucesso. Algumas fotos podem ser vistas na barra lateral do blog. 

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Por Rebeca Alexandre e Camila Cutrim.

"Caixeira, eu já vou-me embora. De vocês, levo saudade; para todas, vou deixando laços fortes de amizade"

Aproveitando o espaço, lá vai um post especial para lembrar das queridas amigas e colegas que saíram do Grupo Afrodites.

(Foto de Carol Sopas)

Já passaram, em outras épocas, pela nossa miscelânea musical, figuras como Suellen Aragão, Eva Pomme e Hérika Fernandes, pessoas com as quais convivemos logo no início do trabalho e que contribuem com o grupo até hoje.

Recentemente, integrantes que participaram da fase de maior produção (2009/2010) alçaram outros voôs: Talita Cavalcante, multi-instrumentista, que arrasa em todos os instrumentos que toca e sempre ultrapassa limites, fazendo da música um campo em construção (ela é do tipo multiuso, sabe?) e Camila Reis, flautista e cantora, que trouxe para Afrodites a inserção do naipe de sopro e um crescimento musical significativo. Ambas são compositoras e o nosso show sempre é abrilhantado por algumas de suas construções, como “Sereiá” de Camila Reis e “Krikati k'apor”, “Deixa o rio correr” e “Maguinha Cajuína” de Talita Cavalcante.

(Foto de Guto Cortes)

Por motivos de agenda, ambas precisaram se afastar de Afrodites. Quem quiser sacar o trabalho delas pode ver o myspace da cantora Rosa Reis, www.myspace.com/rosareis, assistir shows do Bambaê de Saia, entre outros.

Aproveitem pra ver nossos vídeos no youtube, 

Atualmente, o Grupo Afrodites é formado por Cris Campos, Camila Cutrim, Camila Pinto, Fernanda Branca, Fernanda Preta, Jânia Lindoso, Rebeca Alexandre e Tieta Macau. 

Produtora de Palco: Marianne Serra.

Por Camila Pinto Boullosa, integrante do grupo.

Tô me guardando para quando o carnaval chegar...

Aê galera, saravá.

No post anterior tem um pequeno histórico do que nós somos, o que pretendemos e o que fazemos. Para quem ainda não teve oportunidade de nos conhecer, somos uma banda de 8 mulheres e temos a percussão como carro-chefe, mesclando música regional com diversas vertentes, como o samba, o jazz, o rock e o bolero, entre tantos outros ritmos. Já temos 3 anos de trajetória, com shows importantes, parcerias, muita diversão e, principalmente, muita criação musical.

Durante os próximos meses não faremos apresentações. Passamos por algumas mudanças e novas ideias estão surgindo, uma delas é aproveitar melhor esse espaço que foi criado em outubro de 2010: o blog. Pretendemos atualizar sempre e sempre, contando nosso dia a dia, mostrando nossas músicas e postando nossas pesquisas também.

Por agora, estamos frequentando a Escola de Samba Flor do Samba, levantando o histórico do Grêmio Recreativo, conversando com as pessoas mais antigas da comunidade, vendo os sambas mais importantes e entendendo o enredo que a Escola vai levar para a Passarela do Samba em 2011. O tema será “Missão cumprida, a estrela brilha no universo da alegria”, um apanhado sobre a vida de Djalma Campos, jogador de futebol e político nascido em Viana, no Maranhão,  que morou no Desterro (bairo de São Luís onde está localizado o barracão da Flor do Samba) desde criança, ele faleceu em 2009. (Saquem aqui http://vianensidades.blogspot.com/2011/01/flor-do-samba-vai-homenagear-djalma.html)

Ainda pesquisando sobre o carnaval, vamos também visitar o Bloco Carnavalesco Os Fuzileiros da Fuzarca, o mais antigo de São Luís, criado em 11 de fevereiro de 1936. Formado pela velha guarda do samba no estado, Os Fuzileiros tem uma musicalidade própria, usando instrumentos como surdo, tarol de mão, pandeiro, ganzás, ritinta, cavaquinhos, cabaça e cuíca, eles traduzem e reproduzem o ritmo e o som dos antigos carnavais. “Eles são o museu vivo do carnaval maranhense”, como comentou Nívia Saraiva no documentário que você pode assistir aqui: 

Fora essa pesquisa em grupos riquíssimos da brincadeira carnavalesca do Maranhão, estamos também amadurecendo mais uma edição do “Eita piquena arteira!”, evento que promovemos no ano passado em comemoração ao Dia da Mulher. A ideia é juntar em um mesmo espaço trabalhos de mulheres de todas as áreas artísticas, pintoras, atrizes, musicistas, cineastas, fotógrafas, enfim, fazer uma grande festa onde a mágica que só a arte proporciona é produzida por mulheres. 

I "Eta piquena arteira" no Laborarte, em março de 2010 (Fotógrafo: Marcos Gatinho)

I "Eta piquena arteira" no Laborarte, em março de 2010  (Fotógrafo: Marcos Gatinho)

É isso aí, estamos reorganizando nossos instrumentos, construindo músicas, pesquisando, movimentando... Contamos com os comentários de vocês com sugestões, troca de som e coisa e tal.

Por Camila Pinto Boullosa, integrante do grupo.